GESTÃO DA ESCOLA

A expressão “Gestão escolar”, num contexto de mudanças de paradigma, em um mundo globalizado, define bem o que entendemos por decisões compartilhadas. Com o advento da tecnologia e as transformações sociais e científicas que impactam dentro da escola, há necessidade de se criar um novo modelo de escola e também, um novo perfil de direção.

Esse novo enfoque de escola estabelece como premissa um diretor articulado que potencializa as lideranças, que desenvolve a autonomia, a participação e a responsabilidade de todos os funcionários da instituição.

Capacidade de liderança, espírito de equipe, organização e visão de mercado são algumas das características necessárias a um bom gestor. Líder é aquele que planeja, acompanha e avalia nas dimensões administrativas e pedagógicas, revendo posturas, redimensionando suas ações e buscando soluções inovadoras.

A gestão da aprendizagem pressupõe uma liderança eficaz que desenvolve projetos criativos, que define currículos globalizados e garante a formação continuada dos professores e técnicos em educação. Essa gestão escolar exige propostas de intervenções para superação das dificuldades de aprendizagem, cursos de nivelamento, projetos de atendimento aos alunos que avançam mais rapidamente, ações que visam o benefício dos alunos.

Para superar os desafios e formular propostas educacionais diferenciadas e de qualidade que atenda as demandas locais, faz-se necessário envolver toda a comunidade escolar no processo decisório. Considerando que as medidas são de todos, o desempenho de cada um soma e se multiplica, gerando resultados positivos.

Com competência e assertividade precisa ser capaz de orientar sua equipe pautada em um planejamento estratégico que define metas e ações eficientes. Cabe ao gestor elaborar um plano de ações a partir de um diagnóstico da escola, atualizar os documentos legais da escola, levantar as necessidades de manutenção do patrimônio escolar, investir continuamente em seu crescimento pessoal e profissional.

Conforme Tobias Ribeiro “Todo gestor deve ser um especialista em administrar mudanças, não somente porque elas ocorrem a todo instante e exigem adaptações, mas porque quando se pretende implementar um ciclo de melhorias contínuas da instituição, é necessária a aplicação regular de diagnósticos e pesquisas que tragam subsídios para as tomadas de decisão.”

Seja o gestor do século XXI, aquele que revoluciona o jeito de educar!

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Qual o impacto do dever de casa na aprendizagem?

O dever de casa é um assunto polêmico que envolve a relação família-escola uma vez que depende da participação dos pais enquanto mediadores no processo de aprendizagem. Muitas vezes é considerado motivo de conflito entre pais e escola e entre o aluno com o professor. Dever de casa é sinônimo de stress? Pesadelo para pais e professores? Avaliação ou punição? Essa é a questão!

O que causa tanto aborrecimento nessa situação? Ressalto que a falta de tempo dos pais, como também o despreparo das famílias em relação à metodologia usada na escola, ou a inabilidade de ensinar, e ainda a dificuldade de estabelecer limites e regras inviabilizam um trabalho harmonioso e proveitoso no sentido da aprendizagem. Apesar do dever de casa ser um contrato entre professor e aluno, isso não isenta a família de se posicionar a favor das recomendações da escola e mostrar-se interessado no rendimento escolar do filho. O que faz falta é justamente a presença educativa.

Ressalto que existem fatores importantes que favorecem a concretização do verdadeiro objetivo do dever de casa. Organizar um ambiente adequado, limitar o tempo para a realização das tarefas e estabelecer um clima de parceria são fundamentais.

De um lado o dever de casa é definido como necessidade de revisão daquilo que foi desenvolvido na escola, e do outro lado é considerado como fator primordial para o desenvolvimento do compromisso e responsabilidade do aluno.  Isso é fato!  Ao se definir que é o desenvolvimento de estruturas que permitem processar a aprendizagem, o dever de casa assume o papel de articulador no processo. Esse momento envolve o processamento das informações, a busca e ativação da memória bem como dos conhecimentos armazenados e a valorização dos princípios básicos de um cidadão.

Criança que assume a responsabilidade pelos deveres de casa cresce e se torna um adulto responsável que cumpre com suas obrigações, que respeita seus limites e que obtém sucesso em suas metas e objetivos.

O dever de casa é recurso de aprendizagem uma vez que desenvolve as habilidades de leitura, análise e reflexão. Ajuda o aluno a planejar seus estudos, aprender a estudar criando suas próprias estratégias, formar hábitos de leitura, organização e capricho, e desenvolver o raciocínio. É no momento do dever de casa que o aluno aplica os conhecimentos que aprendeu para resolver novos problemas.

Fazem-se necessário ressaltar que os deveres de casa devem ser considerados desafios, que exijam o pensar do indivíduo para solucioná-la, com uma atitude ativa.  Ao propor um problema o professor incentiva o aluno a buscar, investigar, utilizar a intuição, aprofundar o conjunto de conhecimentos e experiências anteriores e elaborar uma estratégia de resolução. Isso é diferente de um exercício que visa mecanizar/automatizar determinados procedimentos. Uma tarefa nesse nível possibilita o processo de aprendizagem, no sentido de torná-lo ágil, real e eficaz.

Reflita sobre isso! O importante é a discussão sobre a forma e sobre a melhor maneira de fazer das tarefas um instrumento a favor do desenvolvimento do aluno nas dimensões do ser, do fazer, do conviver e do aprender.

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Planejar para avançar!

O início do ano letivo é marcado pelo estabelecimento de metas e diretrizes que nortearão todo o processo educacional. Nesse sentido faz-se necessário enfatizar a importância de um planejamento bem direcionado que oriente o professor em sala de aula.

E planejar implica acreditar na possibilidade de mudança!  O processo de pensar as ações da sala de aula pressupõe uma atitude reflexiva do educador diante de sua prática pedagógica.

O planejar implica em comprometimento com a orientação de estudos, a discussão sobre atitudes, valores e normas, o cuidado com o desenvolvimento das habilidades e até o uso dos recursos tecnológicos. Assim, o professor observa melhor suas próprias dificuldades, cria estratégias diversificadas, revê padrões, constrói sentido para a sua prática pedagógica!

Ressalto a importância de se planejar uma aula dinâmica, interativa e desafiadora. O aluno precisa ser incentivado a aprender. A partir do momento que o envolvemos, e que ele se sente desafiado, a possibilidade de acontecer uma aprendizagem real e significativa é bem maior.

Outro aspecto fundamental é a definição dos procedimentos operacionais para um ambiente disciplinado e educativo. Estabelecer uma rotina diária de trabalho, determinar as regras de funcionamento da sala de aula, exigir postura e pontualidade, cobrar o dever de casa e o compromisso com os estudos deve fazer parte do planejamento. A sala de aula tem de ter procedimentos claros para os alunos seguirem.

Conclui-se que o desenvolvimento de uma ação pedagógica bem pensada e contextualizada exige uma atenção primordial ao planejamento. Esse é o desafio: planejar para avançar!

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Educação é coisa séria!

Em boa hora com a mudança na política do país, abro uma discussão sobre a importância da Educação, enfatizando a necessidade de ser prioridade de todos! Vale lembrar o lugar que ocupamos nas avaliações internacionais, em situação vergonhosa, abaixo da crítica.

Educar vem do latim e significa conduzir para fora, fazer brotar tendências e direcionar para os valores positivos, para a autonomia. Conclui-se que educador é aquele que forma sujeitos com capacidade de decisão e ação. E o nosso país está carente de pessoas capazes de decidirem por si próprias.

A educação representa a voz do povo, redefine caminhos, questiona a realidade e a transforma. Povo educado não aceita as falcatruas do governo, a corrupção dos altos escalões, a fome, a miséria.  Povo educado reclama, grita, interpreta a realidade, analisa a situação e propõe mudanças. Povo educado cobra atitudes pontuais das autoridades do governo!

 É preciso sair da situação de resignação para a ação: transformar o sistema educacional em um projeto de nação, em um bem coletivo para promover o desenvolvimento do país.

Para que se adquiram as competências fundamentais para um cidadão autônomo, precisamos vencer os desafios da falta de leitura, incentivar o uso da escrita, enfatizar as habilidades de cálculo e solução de problemas matemáticos; desenvolver as habilidades para trabalhar em grupo e obter resultados coletivos bem como propor as habilidades para analisar e criticar o entorno.

Quem sabe o desafio está em conhecermos o sistema de educação do líder de avaliação do Pisa? Quem sabe é hora de revermos o conteúdo dos nossos currículos e os métodos utilizados? Quem sabe é necessário analisarmos o sistema de aprovação automática e deturpada por ciclos? E ainda analisarmos a formação e remuneração dos profissionais de educação? E quem sabe se adotarmos o uso da tecnologia posta a serviço do homem teremos uma educação de qualidade?

Educação é coisa séria! É de interesse de todos! Pense nisso!

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ENEM: limites e possibilidades

Em meio ao burburinho da mídia com relação aos problemas do último exame do Enem, faz-se necessário uma reflexão. E também é importante esclarecer que o fracasso na organização do exame do ENEM nada tem a ver com a metodologia do exame com foco nas habilidades e competências.

Não podemos nos esquecer que a proposta do ENEM supera a fragmentação e a linearidade da educação. O exame visa incentivar o raciocínio dos alunos com questões contextualizadas e de enfoque interdisciplinar, bem como exigir a aplicação prática do conhecimento, e não a mera memorização de informações. A prova é vista como um momento de reorganização dos conhecimentos, ou seja, serve para verificar se o aluno de posse dos conteúdos básicos e a partir deles, sabe pensar, argumentar, contrapor. Por que invalidar o seu propósito?

Sabemos que a falta de uma verdadeira política nacional de Educação, com ênfase no ensino básico, já ameaça o futuro do país na Era do Conhecimento. Então, faz-se necessário uma mudança no processo de educação e o primeiro passo já foi iniciado. O Ensino Médio teve que se adequar à proposta e reestruturar sua grade curricular.

A discussão acerca do despreparo dos coordenadores do exame, das falhas nas provas, do vazamento do tema da redação, da falta do cumprimento das regras estabelecidas compromete sim a finalidade maior do exame. Mas, é bom lembrar que a validação da prática do ENEM não é ato isolado e descontextualizado no processo educacional, está diretamente ligada à sociedade em que vivemos e à falta de princípios éticos de pessoas envolvidas no processo. O investimento foi alto e mesmo assim falhou! Quem são os culpados?

Reafirmo que é necessária a tomada de consciência e a reflexão a respeito desta compreensão equivocada de Enem como retrocesso ou de fracasso dos resultados, porque corre o risco de se transformar apenas em avaliação judicial. Os julgamentos se fazem oportunos, mas as críticas maiores devem ser direcionadas ao sistema!

Penso que o mal-estar com o que vem ocorrendo na prática de avaliação do ENEM deve ser aproveitado para a revisão de seus processos de modo a identificar os problemas relacionados à segurança, qualidade da prova e orientação dos coordenadores a fim de propor alternativas de solução para superá-los.

Educar para a ação implica em aprimoramento dos processos avaliativos de forma a torná-los mais justos, equilibrados e eficientes. Enfatizo que o maior deles é o de formar sujeitos éticos que utilizem sua capacidade reflexiva na busca de soluções práticas, inovadoras e contínuas em benefício de todos. Isso é avaliar!

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Por que Educação a distância?

Por desenvolver um trabalho de tutoria num curso de Educação à distância, considero pertinente uma reflexão acerca do mesmo. A Educação à distância é um espaço aberto em que os alunos interagem de forma a promover uma mudança de comportamento, ou o desenvolvimento de novas habilidades e competências ou, simplesmente, a troca de informações.

Nesse ambiente virtual, o tutor atua como “mediador”, e assim estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem interdisciplinar. Esse professor acompanha a troca de ideias,  incentiva a contribuição de cada um, polemiza e desafia os alunos! Nesse caso o professor deixa de ser o detentor do conhecimento para ser o orientador da aprendizagem, mediando as situações-problema. E não é essa a função pedagógica do educador no que se refere à construção de um espaço de aprendizagem?

O ambiente virtual é rico em possibilidades de aprendizagem e propicia aos alunos uma educação motivadora, interativa e dialógica.  Na educação à distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo de forma a participar da disciplina. Ele é convidado a refletir, questionar, criticar, discordar do outro com base em argumentos que sejam pertinentes. Assim, aprende a filtrar as informações, interpretar e emitir opinião!

Essa modalidade de educação desenvolve uma nova perspectiva de ação no sentido de romper com a linearidade de aprendizagem. Ou seja, no ambiente, os alunos são estimulados a se expressarem quando postam textos para avaliação dos colegas, realizam discussões em fóruns on-line, trocam experiências. O aluno descobre formas próprias de tornar-se sujeito ativo do conhecimento e do compartilhar de conteúdos.

As aulas virtuais oportunizam o aprendizado no ritmo  e no tempo definido por cada um, permitindo ao aluno trabalhar individualmente, em dupla, ou em grupo sem perder a interatividade. Essa é uma ótima estratégia de estudo, fundamentada na troca, o que só enriquece a aprendizagem. O exercício da autonomia se concretiza, pois o aluno se torna auto-disciplinado e auto-motivado superando os desafios que surgem durante o processo de ensino-aprendizagem.

Sabemos que existem alguns obstáculos, de natureza social ou funcional, que inibem o uso da EAD. A dificuldade de acesso, a falta do equipamento, a inabilidade e falta de domínio aos recursos do computador são reais! Mas, é preciso avaliar os conceitos equivocados e ultrapassados que podem estar profundamente arraigados dentro de cada um de nós e conseqüentemente na prática educativa por vezes massiva e sem significado.

Diante de tal perspectiva, há urgência em preparar a escola para a integração da Educação à distância ao processo educacional. Pense nisso!

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Educação com limites

Vivemos numa época de mudanças rápidas e do imediatismo. O sentido de liberalidade e permissividade preside muito das ações humanas, e isso muitas vezes coloca em xeque os conhecimentos dos educadores. É natural que apareçam questionamentos a respeito do papel dos adultos na formação das crianças.

Em razão de uma psicologia moderna e mal interpretada que defende a liberdade das crianças para não traumatizá-las, os pais optam em fazer todas as vontades dos filhos. Afinal, crianças infelizes e amargas podem se transformar em indivíduos doentes!

Ao se definir que uma palmadinha dada pelos pais em situação de limite é o mesmo que espancamento, sugere-se que os pais não possam mais agir como responsáveis pela formação e pelo futuro de seus filhos!

Quando as autoridades governamentais incluem ao Estatuto da Criança e do Adolescente a proibição da palmada, desrespeita e desautoriza o direito dos pais de educarem seus filhos. Por que então não abrigam as crianças sem lar, sem escola e sem alimento? Por que não criam escolas com educação de qualidade? Por que os governantes não incluem em seus orçamentos uma formação continuada para os professores?

Não está em discussão o fato do “excesso” de certos pais quanto à sua autoridade em relação a seus filhos! Espancamento, manipulação, abuso de poder, ofensas e indiferença são considerados maus tratos e precisam ser monitorados!

Crianças precisam de limites e restrições sim. Em situações de risco até palmada tem um caráter instrutivo e de proteção. Crianças na primeira infância não têm noção de perigo e não conseguem abstrair conceitos. O ato corretivo não é considerado agressão física. Chamo isso de afeto!

É importante registrar que, atitudes valem mais do que palmadas e que ao pretender a diminuição da palmada, situo-me bem distante daqueles que pretendem a sua eliminação. Não quero dizer que sou a favor da palmada, mas que utilizada de modo adequado é melhor do que qualquer ato de desamor, pois criança não pode fazer tudo o que quer. Defino desamor como ausência, permissividade, abandono, e isso sim, gera inquietação e agressividade.

Defendo a educação em que o pai estabelece limites precisos e sabe dizer não, orienta e acompanha seu filho, mostrando-lhe desde pequeno quais são os seus direitos e deveres. Limite sensato e autoridade justa! Crianças que não sofrem frustrações transformam-se em adultos intolerantes, cheios de vontade e que não sabem perder. O que esperar do futuro dessa criança diante das vicissitudes da vida? O mundo lá fora é exigente e o “Não” dito por estranhos tem uma dimensão muito mais forte e ruim.

A permissividade e a indiferença trazem conseqüências desastrosas na personalidade das crianças. Seja um pai atuante, seguro e orientador! Faço aqui uma analogia ao ato de soltar papagaio: é preciso dar linha para a pipa subir, mas não podemos soltar a linha, senão o papagaio vai embora… Isso é educar para a ação!

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EDUCAÇÃO = ELEIÇÃO CRITERIOSA?

É tempo de eleição! E às promessas de mudanças, o pedido do seu voto! Mais uma vez faz-se necessário refletir sobre o papel da educação reflexiva.

Que tipo de homem e de sociedade queremos formar? O que representa o espaço da sala de aula enquanto espaço de aprendizagem? Qual o compromisso que a escola tem com a formação humana, a saúde, a educação do país? É possível fazer política com honestidade? Cabe então uma reflexão sobre este momento de encontro entre aprendizes e professores.

Diante dessa perspectiva, é lamentável que a escola ainda reproduza modelos dentro do espaço de socialização do conhecimento (a sala de aula) e atue como transmissora de conhecimento. É inconcebível que a educação não forneça os instrumentos de luta para que as pessoas transformem sua real condição de existência. Eis a questão!

Povo “instruído” questiona os papéis e as atitudes propostas pelos políticos. Se desenvolvermos uma educação que contribui para a transformação dos homens, possibilitando a reflexão, mudanças podem ocorrer. Chega de alienação como pretendem certas concepções pedagógicas e as políticas públicas da contemporaneidade!

O problema do eleitor brasileiro é a falta de conhecimento político! Faz-se necessário refletir sobre os desvios de verba pública, sobre os interesses pessoais em detrimento de uma população inteira, sobre o perfil de cada candidato e sua história pessoal, sobre a corrupção!

As sociedades democráticas necessitam cada vez mais da participação de pessoas com alto nível de criticidade. Assim, o cidadão é capaz de analisar as consequências de suas ações, pessoais ou coletivas e oferecer critérios racionais para tomada de decisões. Educar para a ação!

A ausência de uma educação como processo formador de hábitos e atitudes no indivíduo desenvolve pessoas egoístas, sem capacidade de refletir. A definição de valores, assim como o desenvolvimento dos aspectos emocionais e sociais é que darão aos indivíduos uma formação mais ética. Se trabalharmos dessa forma as pessoas serão mais críticas e conscientes.

Voto consciente pressupõe educação reflexiva! Pense nisso!

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Como vai a Educação Superior?

Como explicar a crise de educação superior no país? Observamos alunos desmotivados, entediados em sala de aula e pouco comprometidos com o estudo?

Sabemos que muitos alunos não atendem às demandas da sociedade, saem das universidades totalmente despreparados….Chegam ao mercado de trabalho com dificuldades em lidar com habilidades sociais, não apresentam senso crítico,nem iniciativa ou criatividade.

Ora, o que esperar de um processo ensino-aprendizagem que valoriza a memorização do conhecimento sem uma participação ativa do aluno como protagonista do processo? O que esperar do poder criativo do aluno se os métodos de ensino são fragmentados e não focam a formação integral do aluno?

Do ponto de vista didático, devemos fazer com que as tarefas ou situações planejadas sejam de fato estimuladoras. Portanto, é desafio para as universidades rever as ferramentas e metodologias desenvolvendo múltiplas estratégias em seus currículos com a solução de problemas.

Se o objetivo agora é acabar com a decoreba e valorizar as experiências pessoais, o melhor caminho é propiciar novas vivências por meio do debate em sala de aula e fóruns de discussão. Nessa situação os alunos se deparam com situações novas a todo o momento e adquirem habilidades necessárias para saber se expressar, convencer o outro, transmitir informações e compartilhar conhecimentos.

Além disso, existem ferramentas que permitem ao aluno descobrir e explorar melhor as suas capacidades e objetivos pessoais. Com essa proposta o aluno levanta a autoestima e a confiança em seus talentos e desafios a vencer.

Estimular o desenvolvimento de um projeto de vida pessoal e profissional com critério desenvolve segurança e metas a alcançar. Quando o aluno faz uso das capacidades de pensar, sentir e agir é capaz de mudar objetivos, flexibilizar hábitos.

Desafio os educadores a pesquisarem os conceitos equivocados e ultrapassados que possam estar “engessados” dentro de cada um e conseqüentemente na prática educativa.

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Relacionamentos interpessoais da Geração Z

Geração ZNo post “A Geração Z chegou!” refleti sobre a influência da tecnologia na Geração Z.  Vale à pena ressaltar as pesquisas que comprovam que a Geração Z tem dificuldade de relacionamento, pois não desenvolveram as habilidades de relacionamentos interpessoais. De modo geral, são calados. Não os vemos sempre com fones de ouvido? Assim, não escutam nem conversam e preferem conversar virtualmente. Você vai ignorar o assunto?

Será que, podemos vislumbrar um grupo com tendências egocêntricas, que se preocupam apenas consigo mesmos? Então nesse caso podemos constatar que são incapazes de manterem um espírito de equipe. O que fazer para resolver essa questão? Considerando que vivemos num mundo globalizado em que a tendência é integrar isso se torna uma questão séria!

Com as experiências de relacionamento comprometidas, experimentam emoções fantasiosas por meio dos jogos de vídeo game. Aí podem extravasar os sentimentos que desejarem sem censura ou repreensão. Fica claro o fascínio que esses jovens têm pelos jogos e seus personagens mágicos!

Educadores em ação buscam entender esse mundo fantasioso e compartilham com eles essa emoção. É fundamental deixá-los falar sobre o assunto, participar desses jogos, abrir espaço para discussão dos objetivos do jogo com questões problematizadoras que os faça pensar.

Essa geração precisa aprender a trabalhar em equipe! E isso exige um novo formato para os processos de ensino e aprendizagem construídos a partir do desenvolvimento de habilidades e competências. 

Essa mudança de perspectiva traz influências na forma de ensinar, na maneira de organizar, selecionar e desenvolver propostas de trabalho.  Atividades em dupla e em grupo favorecem as trocas e a aprendizagem real, pois, os alunos ampliam, refazem ou consolidam seus conhecimentos por meio do diálogo.

Por isso, devemos favorecer as discussões em sala, incentivando o aluno a expor as suas idéias, pois, ao fazê-lo, precisa ser claro e convincente. A comunicação de suas hipóteses pode ser para o aluno um excelente instrumento de reflexão e aprendizagem.

Aquela aula expositiva em que só o professor fala não tem sentido para esse grupo! Com certeza é fundamental a tarefa do professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem induzindo discussões com uma maior precisão.

Nosso desafio como educador é aprender para mudar e mudar para aprender!

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